Com a aproximação dos principais vestibulares do país, é comum que a ansiedade e a pressão dos estudantes aumente.
Os estudos se intensificam e é difícil lidar com as tarefas sem perder a concentração e acabar cedendo à procrastinação e distrações. Adiar suas obrigações só irá gerar uma bola de neve de mais cobranças e sensação de culpa por não estar estudando o suficiente.
Por isso, é fundamental
perceber o que é prioritário nesse momento e o que deve ser deixado de lado
para focar no que realmente importa.
Para te ajudar nessa tarefa,
separamos 10 técnicas que podem ser aproveitadas, melhorando
sua concentração e seu foco durante os estudos.
Horas e horas de estudo podem
resultar em uma forte exaustão e perda de foco. Para manter a concentração por
mais tempo, uma técnica muito utilizada é a Pomodoro. Com ela, você divide suas
atividades em ciclos: cinco minutos de intervalo para cada 25 minutos
estudando. Após cada pausa, você consegue retomar suas tarefas com mais energia
e produtividade.
No geral, exercícios de
respiração são muito bem-vindos para desenvolver sua concentração. Eles são
excelentes para diminuir os batimentos cardíacos, oxigenar o sangue e acalmar.
Um técnica indicada pela master coach Lilian Carmo é a respiração quadrada,
realizada em quatro etapas diferentes dedicando três segundos para cada uma:
inspirar, “prender o ar”, expirar e “deixar o pulmão vazio”.
Repita o procedimento até se
acalmar, retomar o controle da sua mente e conseguir voltar aos estudos.
Quando você está prestando
vestibular, é comum se desconcentrar entre um exercício e outro, e pensar no
futuro, no dia da prova, no momento que sai o resultado ou até em você
exercendo a profissão que escolheu.
A prática do Mindfulness, ou
“atenção plena”, tenta combater isso por meio da meditação, concentrando seus
pensamentos no presente, na atividade que você está desenvolvendo naquele
momento. Ou seja, a técnica é ideal para eliminar as distrações e ajudá-lo a
manter o foco.
Sabe quando você tem diversas
tarefas e ao resolver grande parte delas percebe que irá conseguir terminar
tudo o que se propôs a fazer? Lembra de, nesse momento, ter uma sensação de
adrenalina e produtividade que o impulsionou ainda mais para fazer o que
restava?
A técnica Don’t break the chain (não quebre a corrente, em tradução livre) usa essa sensação a
seu favor, diminuindo a preguiça e aumentando seu foco.
Pegue um calendário e escolha
uma cor para marcar se conseguiu ou não terminar todas as atividades que queria
fazer. Quando você conseguir assinalar alguns dias consecutivos de dever
cumprido, seu cérebro vai se animar para “não quebrar essa corrente” e sua
motivação estará em alta, facilitando a concentração.
Essa técnica é ideal para
quando a ansiedade e o nervosismo por causa das provas ficam tão acentuados que
você perde totalmente o foco.
Fique sentado com a coluna
ereta e tampe a narina direita. Inspire lentamente, contando até dez, e expire
repetindo a técnica. Depois, faça a mesma coisa tampando a narina esquerda.
Faça essa sequência cerca de 10 vezes com cada narina ou até se acalmar para
voltar aos estudos.
Uma música instrumental ou sons
da natureza (chuva, pássaros, etc) são ótimas maneiras de avisar o seu cérebro
que chegou a hora de focar.
Ao associar o estudo a um som,
sua mente cria um hábito e isso se torna uma gatilho para quando você precisa
se concentrar. Teste as possibilidades e veja o que funciona melhor para você.
Cada pessoa funciona de uma
maneira e para tirar o melhor proveito das suas capacidades e limites é
necessário se conhecer.
Quando você consegue pensar
sobre seus próprios pensamentos, fica mais fácil controlá-los e concentrar no
que realmente importa. O nome dessa ação é metacognição.
Saber por quanto tempo você
consegue se concentrar, quais matérias te deixam mais cansado e notar os quando
está quase dispersando é essencial para saber qual a melhor hora do dia para
estudar e como elaborar sua rotina.
Em primeiro lugar, é preciso
que você esteja em um lugar livre de grandes distrações. Evite estudar perto de
uma televisão ou de pessoas conversando, pois esses fatores podem chamar sua
atenção. Além disso, é importante que sua mesa esteja organizada só com o
necessário para o seu estudo.
Outros detalhes, como a
temperatura do ambiente, que deve estar amena, a sua postura e a iluminação
também fazem toda a diferença.
Agora que o espaço está
organizado é hora de cuidar da sua saúde mental. Nessa fase, as tarefas podem
se acumular de tal forma que você nem saiba por onde começar. Isso pode
despertar sua ansiedade, trazer à tona um excesso de preocupações e,
automaticamente, atrapalhar seus estudos.
Tente fazer um cronograma,
criar uma lista de prioridades e definir o tempo que irá dedicar para cada
tarefa. Dessa forma, você terá uma sensação de controle maior, reduzindo a
ansiedade e aumentando a produtividade.
Já teve algum momento em que
você estava estudando concentrado e, de repente, um pensamento rápido sobre
algo tirou totalmente o seu foco? Nesse momento, você esquece tudo o que estava
fazendo e quando volta para a realidade 15 minutos se passaram.
Quando isso acontecer, você
pode criar algum estímulo que gere uma reação imediata e devolva seu foco.
Estabeleça uma frase ou palavra que faça você recuperar a concentração, como “concentra”
ou “você precisa estudar”. Pode parecer algo simples, mas se conseguir fazer
disso um hábito, a palavra se tornará um gatilho que irá te ajudar a retomar o
que estava fazendo.
Quando você estabelece uma
rotina de estudos, é normal que, com o tempo, o tédio apareça. São muitas horas
do seu dia dedicadas a uma atividade que demanda concentração e raciocínio. E,
a partir do momento que isso tudo perde a graça, as chances de você dispersar
aumentam.
Quando for montar seu
cronograma, tente variar as disciplinas, o estilo de exercício, a dificuldade
das questões ou estratégia que vai usar. Dessa forma, você afasta o tédio e
aumenta sua motivação. Outra dica: que tal mudar o lugar onde você estuda? Se
tem o costume de estudar no quarto, vá para a sala, um parque, uma biblioteca
ou uma praça. Se não for possível, apenas mudar a mesa na qual você estuda de
posição já fará diferença. O importante é apresentar uma mudança para o seu
cérebro.
Bons estudos!
Por: Julia Di Spagna
04/08/22
07/10/21